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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Descriminalizar a maconha só fará aumentar o número de viciados e de doentes mentais

Descriminalizar a maconha, segundo o bom senso, o direito, a medicina, a psiquiatria, as neurociências, a psicologia comportamental e a realidade da prática policial, é uma ação extremamente danosa à saúde e à segurança pública.

Deixar de reprimir o usuário ou viciado em maconha é muita ingenuidade ou é uma atitude pré-meditada e organizada por certos indivíduos e grupos que querem leis mais brandas para seus parentes e amigos que são usuários ou é um objetivo de certas pessoas físicas e jurídicas que desejam aumentar seus lucros com este segmento de mercado, através da legalização da indústria e comércio deste produto e seus derivados ou são todas estas alternativas somadas e outras mais não citadas.

Infelizmente, muitos defendem a descriminalização das drogas, no todo ou em parte, como uma forma entre outras de se diferenciar e separar os usuários de drogas e os traficantes, minimizando a responsabilidade e a culpa dos usuários em relação ao crime de financiar, direta e indiretamente, o tráfico de drogas e a criminalidade, em geral.

Creio que a ignorância, a parcialidade, a passionalidade, o subjetivismo e o desconhecimento de uma visão mais realista, ampla e profunda destas questões que são inter e transdisciplinares, ou seja, uma questão que envolve todos os tipos de conhecimento e tecnologias possíveis levaram muitos a serem a favor da descriminalização das drogas.

Discordo desta posição por não levar em conta de forma mais aprofundada questões biológicas, no geral, e médicas, no particular, como as neurológicas, psicológicas e psiquiátricas relacionadas ao uso, eventual ou constante, da maconha, aumentando o número de dependentes químicos e de outros diversos tipos de doentes mentais, tais como todas as variantes da Esquizofrenia, da Depressão, dos Transtornos de Ansiedade, do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), da Síndrome do Pânico, entre outras psicopatologias, além de outras patologias relacionadas a outras especialidades médicas, tais como, os cânceres na boca, laringe, faringe, estômago, pulmão, etc.

Todos os aspectos trans e interdisciplinares devem ser considerados, em qualquer análise mais aprofundada e ao mesmo tempo mais ampla. Discutir o problema das drogas, sem levar em consideração aspectos de saúde, principalmente psicológicos e psiquiátricos, é uma indicação de inteligência limitada.

Todos os defensores da descriminalização e/ou legalização das drogas, no geral, e da maconha, no particular deveriam estudar muito mais sobre psicologia, psiquiatria, neurociências, bioquímica do sistema nervoso humano, neurofarmacologia, psicofarmacologia e outras ciências relacionadas.

Muitos enunciados e muitas pessoas parecem considerar somente certas Filosofias e teses favoráveis à legalização das drogas presentes em partes da Sociologia, Antropologia, Direito e outras ciências humanas e sociais como os únicos fundamentos de muitas crenças defensoras das drogas. Considero estas ciências necessárias, mas insuficientes para o entendimento e a resolução desta complexa questão. As ciências biológicas e outras relacionadas, direta e indiretamente, jamais podem ser desvalorizadas e descartadas de qualquer estudo mais sério sobre os malefícios das drogas tóxicas e ilícitas para a sociedade, à segurança e à saúde pública, como um todo.

Conheço e convivo de perto com pessoas portadoras de doenças mentais que foram causadas, em parte, pelo consumo de maconha, álcool, cigarro e outras drogas lícitas e ilícitas. Conheço muitos hospitais e clínicas psiquiátricas e tenho parentes que trabalham na área da saúde.

Ouça este arquivo de áudio (podcast): “O abuso de álcool e drogas avança como uma epidemia silenciosa e tem desencadeado muitas doenças mentais”

http://cbn.globoradio.globo.com/series/SAUDE-MENTAL/2009/10/08/O-ABUSO-DE-ALCOOL-E-DROGAS-AVANCA-COMO-UMA-EPIDEMIA-SILENCIOSA-E-TEM-DESENCADEADO-MUITAS.htm

Além disto, hoje (08/02/2011) no rádio e no Blog do Jornalista especializado em Saúde da Rádio CBN do Sistema Globo de Comunicação, o médico Luís Fernando Correia, foi postado uma reportagem sobre uma revisão de 83 pesquisas científicas de muitos cientistas dos Estados Unidos e Austrália estabelecendo uma relação do surgimento de psicoses com o uso das drogas lícitas e não lícitas, como o álcool, a maconha, cocaína, crack, etc. O trabalho está publicado na edição online da revista Archives of General Psychiatry.

Quanto à ideia que a descriminalização das drogas diminuiria a criminalidade e o tráfico de drogas, Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), afirma que não existe nenhuma comprovação absoluta neste sentido, pois existem muitas variáveis e a criminalidade não é só composta de tráfico de drogas. Ele é mestre em ciência política e economia pela Universidade de Copenhague e especialista em desenvolvimento econômico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/imprensa/artigos/2009/10-31-o-mito-da-legalizacao-das-drogas.html

http://comoviveremos.com/2010/05/17/legalizar-maconha-nao-enfraquece-crime-organizado-no-brasil-diz-representante-da-onu/

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/11/03/california-rejeita-legalizacao-da-maconha-922934873.asp

Sei que este debate provoca, em muitos defensores da legalização e/ou descriminalização da maconha e de outras drogas, passionalismos, parcialidades e ações muitas vezes radicais e violentas que podem ser configuradas como crimes contra à vida, à honra, o patrimônio e até à humanidade.

Espero apenas contribuir com o debate e a reflexão intelectual, executados da forma mais racional, inteligente e educada possível.

Obs: este meu texto foi escrito em 08/02/2011. Sugiro ler "Nota de Esclarecimento". Além disto, notei pesquisando na internet que outros blogs e sites "copiaram" este meu texto e, infelizmente, alguns não colocaram a fonte (no caso, a antiga quando meus textos estavam nos outros dois sites citados na "Nota de Esclarecimento"). Para ajudar a comprovar que este texto é de minha autoria (ou seja, do José Carlos Lobo Barbosa) sugiro analisar e comparar os outros textos neste meu blog nos quais trato como tema as drogas (em geral) e a segurança pública e percebam as semelhanças de ideias e do estilo de escrita.

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